segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1º Capitulo - " O Inicio"

- Bia, filha acorda, já são horas.



-Sim mãe, já vou.



A minha mãe têm o cabelo loiro como o sol, é magra e alta. É advogada, uma advogada de prestígio e muito solicitada, pois ganha a maioria dos casos em que se envolve.

Vesti-me.




Ainda estava de luto, o meu pai tinha morrido a menos de um mês, morreu de cancro do pulmão, fumava muito. Eu tinha muito orgulho nele apesar de tudo, era médico pediatra, não conseguia ver uma criança a sofrer ue lhe doía imenso. Quando ele chegava a casa depois do trabalho, ia para o alpendre, se sentava no banco de balouçar e ficava muito tempo a olhar para as estrelas, já sabíamos que uma criança tinha morrido ou estava mesmo para morrer lá no hospital. Nessas alturas ninguém o incomodava, pois sabíamos que queria estar sozinho.





Antes de falecer lá no hospital, ele deu-me uma carta e disse-me " Filha, abre esta carta só quando achares que estás pronta para realizar o teu…" e fechou os olhos, sem nunca mais os abrir. Sim, o meu pai morreu nos meus braços sem me acabar de dizer o que tinha a dizer, mas ali a minha frente, fui a ultima pessoa a vê-lo com vida. Eu amava-o mesmo muito. E sabia que ele me amava, ama e sempre me amará.

Até hoje, a carta esáa na primeira gaveta da minha escrivaninha fechada a chave, e eu sou a única que tem chave e, ainda não me sinto preparada para a abrir.





Quando cheguei cá em baixo a sala de jantar, a minha mãe já estava sentada na mesa a minha espera para tomar o pequeno-almoço.



-Olá mãe. – Saudei eu ao mesmo tempo que lhe dava um beijo na sua bochecha rosada.







-Olá filha. – Respondeu ela com a sua voz doce e delicada.



-Devo chegar tarde, tenho um julgamento e não sei a que horas vai acabar, a D. Amélia vai te fazer o jantar, e deixa o meu no microondas.







-Claro mãe, não há problema. A Inês é capaz de dormir cá hoje, visto que amanha é sábado ok?



-Sim filha, eu gosto muito da Inês e sabes disso.







-Obrigada mãe e ate logo.



-Não queres boleia para algum lado?







- Não é preciso, vou na mota com a Inês, ela deve estar mesmo a… (toca a campainha), falando nela. Vou indo .



-Ate logo filha.







Dei-lhe um beijo ao de leve.



Quando cheguei cá fora, lá estava a Inês a esboçar um enorme sorriso, como já era normal nela. Ela fazia-me feliz. A Inês é a minha melhor amiga há muitos anos e nunca, nunca me deixou ficar mal. Diz o que tem de dizer, faz o que tem de fazer mas tudo para o meu bem pois para ela eu sou mais importante do que ela e para mim ela é mais importante que eu, por isso normalmente tratamo-nos por "irmã".







- Olá irmã. – Disse ela começando a caminhar junto a mim para a garagem onde se encontrava a minha mota.



- Olá totó. – Respondi eu, esboçando um enorme sorriso enquanto a Inês me batia no braço em jeito de brincadeira. Abri a garagem, subi para a mota, liguei-a e parei fora da garagem enquanto a Inês fechava a garagem como era habitual.



Fomos ás compras ao Colombo, almoçamos e a inês teve de ir para o treino. Era no estádio da luz por isso nao quis que a levasse, era a menos de minutos.



Eu decidi ir até á praia. Eu adorava o mar, adorava a praia, adorava aquela calma que eles me transmitiam, lá sentia-me mesmo bem.



O mar estava calmo, sem vento e a praia deserta. Sentei-me na fina areia quando de repente sinto uma enorme vontade de ir nadar e assim o fiz, a minha sorte era ter biquíni por baixo. Depois de varias horas dentro de agua resolvi sair.







Vesti a minha roupa e sai da praia. Até que de repente ouço o meu telemóvel a tocar, era a Inês.



-Olá Inês – disse eu – Passa-se alguma coisa?







- Olá Bia, não é nada de mais mas acabou agora o meu treino de voleibol e vou sair agora, queria saber se querias vir aqui ao estádio ter comigo e depois íamos comer alguma coisa , que me dizes?







-Sim, dá-me 10 minutos e eu estou aí. Espero por ti em que porta? Nas traseiras ou na principal?



-Na principal, vou sair pela frente hoje.







- Ok Inês, até já então.



-Até já Irmã. – Disse ela, rindo-se de seguida.



Desliguei o telemóvel e guardei-o na carteira. Não era muito de andar com o telemóvel, só mesmo neste casos, preferia falar directamente com as pessoas.







Subi para a mota e lá me dirigi para o Estádio onde a Inês me devia esperar.

As ruas da capital não estavam com muita movimentação , apesar de ser inicios de Abril. Os estudantes deviam estar na praia, visto que estavamos nas ferias da Pascoa e o calor já se fazia sentir e o resto das pessoas deviam estar a trabalhar ou a regressar dos sitios onde passaram a Pascoa.

1 comentário:

  1. Uhhh tou cheia d curiosidade para devorar o resto ds capitulos, este deixou-m kom apetite xD
    Gosto d tua eskrita =D

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